O que é lean startup?
Modelo de negócios visa evitar desperdício de tempo e recursos financeiros
Normalmente, toda startup tem uma criação mais ou menos parecida. O empreendedor faz um plano de negócios, estabelecendo qual é a oportunidade existente no mercado, qual o problema que seu empreendimento resolverá e qual é a solução para ele.
A partir disso, ele apresenta a ideia a interessados em investir em startup, capta os recursos necessários e, ao lado da equipe montada, já lança o produto no mercado. No entanto, essa nem sempre é uma abordagem que resultará em lucro. E o movimento de Lean Startup cresce justamente para oferecer uma alternativa mais econômica para os empreendedores.
Não sabe do que se trata? Sem problemas: entenda melhor o que é este modelo de negócios e seus desdobramentos no texto abaixo.
O que é?
A palavra “lean” pode ser traduzida como “enxuto” ou “magro”. Com isso, no mundo dos negócios, uma lean startup seria um empreendimento enxuto. Ou seja, um negócio que busca a eliminação de desperdícios em seus processos, conceito sobretudo presente no ambiente das startups do ramo tecnológico.
Esse conceito acabou sendo ressignificado depois, abrangendo ideias e conceitos de tecnologia, marketing e gestão. O objetivo era ter em mãos uma metodologia que fosse mais universal e pudesse ser aplicada a qualquer tipo de negócio, inclusive os empreendimentos de grande porte. E com isso, surgiram novos conceitos que se tornaram valiosos para os empreendedores.
Mínimo Produto Viável (MVP)
No universo dos esportes, a sigla MVP é utilizada para classificar o jogador que é o craque da partida ou de um campeonato. Porém, no mundo dos negócios, a sigla ganhou um novo significado: Minimum Viable Product, ou Mínimo Produto Viável, em tradução livre.
Aqui, um MVP seria uma versão beta e simplificada do produto de uma startup, contendo suas principais funcionalidades. Essa versão é feita de forma econômica e ágil para que possa ser apresentada ao público-alvo e receber os primeiros feedbacks. Com isso, essa estratégia é ótima para receber informações do mercado que você procura explorar, validar premissas e rever eventuais problemas ou obstáculos.
Apostar no MVP é uma excelente maneira de contornar um dos grandes problemas cometidos pelos empreendedores: o de não testar e validar os seus novos produtos antes de investir pesado em seu lançamento. Assim, evita-se que a startup desperdice tempo e recursos financeiros em vão.
Como montar um bom MVP?
O MVP é o instrumento que auxilia o empreendedor a antecipar problemas e, em alguns casos, até mesmo redefinir a estratégia do seu negócio. Mas para que ele seja efetivo, é preciso que o empreendedor preste atenção em alguns pontos.
O principal deles é formular hipóteses claras do que deseja validar. Antes de definir como o MVP será, é importante ter clareza no que deseja aprender com ele. Caso o empreendedor não tenha ainda certeza sobre hipóteses envolvendo o seu público consumidor e sua proposta de valor, ainda não é o momento apropriado de fazer o MVP.
Outra questão chave é entender o mercado, por meio de indicadores macro e micro do público, tornando possível construir o perfil ideal e claro dele. Esse momento também é válido para compreender o contexto em que a startup está inserida, quais são os seus possíveis concorrentes e que produtos e serviços eles já oferecem.
Com essa pesquisa, ficará mais fácil definir quais indicadores e métricas servirão de base para avaliar o MVP. Também é importante pensar em quais funcionalidades estarão presentes nele, encontrando o equilíbrio entre tempo, a maneira como a proposta de valor será apresentada ao público-alvo e os recursos investidos.
Mais importante, é preciso entender que não se deve ter medo de errar com o MVP. Essa é uma estratégia feita justamente para essa finalidade, portanto, caso os testes indiquem que o produto ainda não está pronto para ser lançado, sem problemas: pegue o feedback e encontre a solução para os problemas apontados pelo público-alvo.