Finanças

Como se organizar financeiramente para pagar um empréstimo?

Veja como manter as parcelas dentro do seu orçamento e os pagamentos em dia

Tomar um empréstimo é, muitas vezes, importante em vários aspectos da vida. Por exemplo, um empréstimo pode servir para alavancar seu negócio ou até trocar uma dívida cara por uma mais barata.

Nesse sentido, os empréstimos se configuram como uma importante solução bancária e financeira. Contudo, eles podem se transformar em uma verdadeira armadilha caso o tomador não tenha disciplina e atrase o pagamento das parcelas.

Em suma, tomar um empréstimo é uma decisão que requer planejamento e responsabilidade. Se você quer recorrer ao empréstimo, mas deseja manter o controle de suas dívidas, confira as principais dicas logo abaixo.

 

Risco das dívidas

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o ano de 2021 teve um recorde no número de brasileiros endividados. Mais de 70% das famílias brasileiras possuíam algum tipo de dívida, incluindo empréstimos.

A maioria das dívidas foi gerada por empréstimos visando o consumo, ou seja, se endividar para pagar bens. E o endividamento elevado não se restringiu aos mais pobres: entre os brasileiros que ganham mais de 10 salários mínimos, 66% registraram endividamento.

Por fim, mais de 60 milhões de brasileiros — quase 30% da população — possui alguma restrição de crédito no SPC ou Serasa. Isso significa que essas pessoas não conseguiram pagar seus empréstimos e dívidas, portanto, não conseguem mais tomar crédito.

Felizmente, você pode contrair um empréstimo sem precisar entrar nesta estatística. Para isso, siga com atenção as dicas expostas aqui e evite cair no risco de perder sua capacidade de crédito.

 

Controle receitas e despesas

Não adianta tentar reduzir gastos se você sequer sabe para onde seu dinheiro está indo. A regra de ouro de qualquer orçamento precisa ser respeitada: não gaste mais do que você gera de receita.

Se você ainda não tem esse tipo de controle, então eis o primeiro passo: registrar cada receita e despesa do seu orçamento. Você não precisa de algo muito complexo; uma simples planilha, por exemplo, ou até um bloco de notas dão conta disso.

Ao fazer esse registro você consegue visualizar quais as contas que estão no seu orçamento e estabelecer prioridade. Mas acima de tudo, consegue encaixar a parcela do empréstimo no seu orçamento e evitar atrasos.

 

Não use o cartão de crédito

Quando utilizado de forma responsável, o cartão de crédito é uma excelente ferramenta para pagar as contas. Além de dar um prazo maior e a possibilidade de parcelamento, ele pode trazer benefícios como milhas de viagem e cashback em dinheiro das compras realizadas.

Mas se for utilizado de forma descontrolada, o cartão de crédito é uma das piores dívidas do mercado. De fato, a média de juros do cartão é tão alta que fica atrás somente do cheque especial.

Se você está pagando um empréstimo, evite ao máximo utilizar o cartão de crédito. Prefira pagar as contas à vista, pois você estará gastando um dinheiro que já foi programado para isto.

Caso queira permanecer com o cartão, seja minimalista: tenha apenas um cartão. Dessa forma você terá um melhor controle de despesas e datas de pagamento, evitando pagar altos juros por eventuais atrasos no pagamento da fatura.

 

Tenha uma reserva de emergência

Imprevistos podem acontecer, como uma doença ou a perda do trabalho, por exemplo. Nesses casos, a reserva de emergência é uma grande aliada para evitar o atraso de contas.

A reserva de emergência é um dinheiro guardado em um fundo de alta liquidez que corresponde a uma determinada quantidade de seus gastos mensais. Então, por exemplo, se você gasta R$ 2.000 por mês e quer uma reserva de seis meses, você precisa ter R$ 12.000 em uma reserva.

Esse dinheiro serve como um seguro contra imprevistos, permitindo que você pague suas contas mesmo sem estar trabalhando.

Ainda que você esteja pagando um empréstimo, monte aos poucos sua reserva. Assim você não terá problemas em honrar seus compromissos caso fique sem renda.

 

Renegocie

Se mesmo após seguir todas as regras acima você não conseguiu arcar com seu empréstimo, não se desespere. As instituições financeiras estão abertas a renegociar e mudar o acordo com o devedor.

Geralmente, as empresas enviam cartas em caso de atraso, avisando que podem incluir o nome do devedor nos serviços como SPC e Serasa. Esse é o momento de negociar, pois, a maioria delas reduz os juros e aceita uma negociação vantajosa ao cliente.

Além de renegociar sua dívida, você ainda pode obter condições mais tranquilas e conseguir se reerguer.

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